Atualizado em 10/07/2025.
O método construtivista é uma das metodologias mais influentes na educação moderna, especialmente quando o assunto é colocar o aluno como protagonista da própria aprendizagem. Mas afinal, o que essa abordagem defende na prática?
Criado a partir dos estudos do biólogo e psicólogo suíço Jean Piaget, o construtivismo propõe que o conhecimento não é algo transmitido pelo professor de forma passiva, mas sim construído ativamente pelo aluno, com base nas suas experiências, interações e descobertas.
Essa proposta pedagógica desperta o interesse de muitas famílias que buscam por uma formação mais completa, autônoma e significativa para seus filhos — e por isso entender a história do construtivismo e os fundamentos da metodologia construtivista é tão importante na hora de escolher uma escola.
Continue a leitura para tirar todas as suas dúvidas sobre o método construtivista e entender se ele é o ideal para a educação do seu filho (a)! .
Neste artigo você vai ver:
O que é o Construtivismo?
Qual a história do Construtivismo?
Como funciona o método Construtivista?
Quais são as principais características do construtivismo?
Qual a diferença do ensino tradicional para o construtivista?
Ensino construtivista e família: como deve ser essa relação?
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O que é o Construtivismo?
O Construtivismo é uma metodologia de ensino fundamentada na premissa de que os estudantes desenvolvem seu próprio conhecimento ativamente ao interagir com o meio ambiente e integrar novas informações ao que já conhecem.
Portanto, o método Construtivista coloca o aluno como protagonista do processo de aprendizado e destaca a importância da construção de significado pessoal por meio de experiências práticas e reflexão.
Qual a história do Construtivismo?
Ao contrário do que muitos pensam, a história do construtivismo não começa como uma metodologia de ensino, mas sim como uma teoria do conhecimento desenvolvida pelo biólogo e psicólogo suíço Jean Piaget, no século XX.
Interessado em entender como o ser humano aprende, Piaget passou décadas observando as crianças — da primeira infância até a adolescência — e chegou à conclusão de que o conhecimento é construído ativamente, a partir da interação da criança com o mundo ao seu redor.
O que Piaget descobriu?
O aprendizado não é passivo (receber informações);
A criança precisa experimentar, explorar e testar hipóteses;
O erro é visto como parte do processo;
Cada fase do desenvolvimento exige estímulos adequados à capacidade cognitiva do aluno.
Por isso, o termo construtivismo vem justamente da ideia de que a criança constrói seu próprio saber, com base em experiências concretas.
No Brasil, o construtivismo começou a ser aplicado em larga escala a partir da década de 1980, principalmente no processo de alfabetização infantil. Desde então, essa abordagem tem influenciado escolas públicas e privadas, ajudando a moldar uma educação mais centrada no aluno.
Como funciona o método Construtivista?
No método construtivista, o aprendizado acontece a partir da interação entre aluno, professor e ambiente. O papel do educador é deixar de ser o “dono do saber” e passar a ser um mediador, criando condições para que os estudantes construam o próprio conhecimento de forma ativa.
O professor não ensina conteúdos prontos. Ele propõe situações de aprendizagem que desafiam os alunos a pensar, experimentar, refletir e buscar soluções.
Como o aprendizado acontece?
A construção do conhecimento no construtivismo se baseia em atividades práticas e significativas, com foco na interdisciplinaridade. Isso significa que:
As atividades conectam diferentes áreas do conhecimento, como Matemática e Ciências em um mesmo projeto;
Os alunos são incentivados a explorar, levantar hipóteses e testar ideias;
Cada criança aprende no seu tempo, respeitando seu ritmo de desenvolvimento;
O erro é visto como parte natural do processo de aprendizagem, e não como algo a ser punido.
Quais são as principais características do construtivismo?
A metodologia construtivista traz uma série de características que refletem sua proposta de colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem.
O foco está no desenvolvimento da autonomia, na construção ativa do conhecimento e na valorização do percurso individual de cada criança.

A seguir, listamos as principais marcas dessa abordagem:
1. Salas com menos alunos
Em escolas que adotam o método construtivista, as turmas costumam ser reduzidas. Isso permite que o professor acompanhe de perto o desenvolvimento individual de cada aluno e incentive uma participação mais ativa durante as atividades.
2. Avaliações não tradicionais
Ao invés de provas e testes padronizados, o construtivismo aposta em avaliações diagnósticas e contínuas. O objetivo é compreender como a criança está aprendendo, identificando avanços, dificuldades e oportunidades de intervenção pedagógica — e não apenas medir resultados.
3. Professor como mediador
O educador assume o papel de facilitador da aprendizagem, criando situações que estimulem a reflexão, a experimentação e o diálogo. Em vez de transmitir conteúdos prontos, ele atua como um motivador, ajudando o aluno a construir o próprio saber com base em experiências e descobertas.
Como cada criança aprende de forma diferente, cabe ao professor adaptar as estratégias de ensino conforme as necessidades da turma.
4. Sala de aula organizada em círculo
O ambiente também reflete a proposta pedagógica. Nas escolas com metodologia construtivista, as salas costumam ser organizadas em formato de círculo ou semicírculo, com o objetivo de:
Favorecer o diálogo entre os alunos
Descentralizar a figura do professor como única fonte de conhecimento
Estimular a colaboração e a troca de ideias
Essa configuração reforça a ideia de que o conhecimento é construído em conjunto — com base nas trocas, nas experiências e nas vivências dos estudantes.
Qual a diferença do ensino tradicional para o construtivista?
O ensino tradicional e o ensino construtivista diferem em vários aspectos.
Veja algumas das principais diferenças:
Ensino construtivista e família: como deve ser essa relação?
No método construtivista, a parceria entre família e escola é fundamental para o sucesso do processo de aprendizagem. Isso porque a abordagem busca desenvolver não só o conteúdo escolar, mas também a autonomia, o pensamento crítico e a responsabilidade dos alunos desde os primeiros anos de vida.
A forma como a criança é educada em casa precisa estar alinhada à proposta da escola. Quando os valores são diferentes, o desenvolvimento da criança pode ser prejudicado.

Como a família pode colaborar?
Incentive a curiosidade e o diálogo em casa: faça perguntas, converse sobre temas variados e incentive seu filho a refletir — sem buscar sempre “respostas certas”.
Evite a cobrança por memorização: em vez de pedir que a criança decore conteúdos, valorize o entendimento. Por exemplo: ao invés de exigir a tabuada decorada, incentive jogos e situações do dia a dia que envolvam cálculos.
Confie no processo: o aprendizado no construtivismo acontece em etapas e no tempo de cada criança. Por isso, o apoio familiar e a paciência são essenciais.
Quanto mais alinhadas estiverem a escola e a família, mais significativo será o aprendizado da criança — e maiores serão suas chances de crescer como um sujeito crítico, criativo e confiante.
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